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Especial Salão do Móvel – Arquiteto Daniel Camera

A AEARV inicia nesta semana uma série especial sobre o Salão do Móvel de Milão, compartilhando as experiências de quem esteve presente nesta edição. A entidade convidou os profissionais que estiveram na feira para contar o que viram de interessante por lá, referências inspiradoras, curiosidades. Dessa forma a AEARV cria uma rede colaborativa de troca de informações e impressões, socializando o conhecimento e promovendo a discussão de ideias e conceitos.

O arquiteto Daniel Camera, da Projeto 3, participou do evento considerado o mais importante do mundo relacionado a cultura do design, tendências e inovação no mobiliário. Cozinhas, banhos, estofados e complementos foram apresentados. “O Salão Internacional do Móvel de Milão nasceu em 1961 para promover os móveis italianos e com certeza eles conseguiram atingir os objetivos. Hoje a feira é muito grande e tem uma visitação de mais de 300 mil pessoas de todos os continentes. Nos pavilhões onde a feira é realizada o mobiliário está segmentado por estilos de design do clássico ao moderno e de peças únicas a móveis planejados. Em Milão a comunidade está envolvida com a feira, respira design, de forma que as inspirações futuras estão acontecendo em paralelo nos eventos do Fuorisaloni, onde são criados roteiros de visitação em vários pontos da cidade que servem como laboratório para ideias e conceitos futuros”, comenta.

Sobre tendências, Camera destaca a diversidade de materiais somada a tecnologia e funcionalidade das cozinhas. “Existe uma tendência de utilização de texturas com relevos altos combinadas a madeirados com tons mais claros e naturais. Também aparece frequentemente a utilização de texturas que imitam o concreto aplicadas em portas e tampos. As cores de laca estão mais comerciais explorando o branco e cores mais neutras. As cores mais acentuadas aparecem em algum detalhe de contraste, porém em menor escala”, afirma.

Os acessórios, como puxadores de alumínio ou inox, segundo Camera, são muito utilizados, mas de maneira em geral em uma linguagem de desenho mais limpa bem como os acessórios de parede e os pés de mesa. “A surpresa sempre vem ao abrir uma porta ou gaveta, que deslizam suavemente e normalmente revelam divisórias ou espaços interessantes. A iluminação no mobiliário está muito marcada e com propósito bem funcional. Os vidros utilizados normalmente são incolores ou ‘martelados’”, comenta o arquiteto.

Nos banhos, Camera ressalta que a tendência de materiais vem acompanhando as cozinhas, a maioria dos espelhos tem iluminação presente e os metais tem simplicidade de formas, mas estes garantem a elegância dos ambientes. Os estofados e complementos são marcados por detalhes que nos levam a pensar que foram feitos manualmente por um artesão, porém tem escala de produção. “Muitas poltronas e principalmente os sofás utilizam pés de alumínio ou aço inoxidável, tem muita tecnologia no desenvolvimento de tecidos e acessórios, mas fica sempre marcado algum detalhe que lembra que o produto teve uma atenção especial mais artesanal. A madeira maciça também é muito utilizada, porém na sua forma mais natural possível. Milão hoje dita as tendências no setor moveleiro, oferta produtos e ideias com conceitos estruturados e nos permite viver novas experiências”, avalia.

 

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