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Futuro da arquitetura e da construção dependem da digitalização dos processos

Fundadora da startup Urban 3D, Anielle Guedes antecipa as tendências do segmento urbano e comenta o cenário atual em palestra promovida pela AEARV

Casas construídas com impressora 3D, planejamento urbano colaborativo e simuladores virtuais capazes http://www.viagrapillnow.com de permitir que o profissional visualize a obra ainda em projeto. A ideia, que parece sinopse de filme de ficção, é a proposta real da Urban 3D. Fundada por Anielle Guedes a startup surge para modificar a forma com que as construções são realizadas e transformar o universo urbano. Em um bate-papo descontraído, a paulistana antecipou algumas tendências do setor e avaliou o cenário atual durante palestra promovida pela AEARV em parceria com a Universidade de Caxias do Sul e Fora da Caixa. O evento foi realizado na quarta-feira, 24 de fevereiro, no Auditório do Bloco B do Carvi.

Antes de comandar a Urban 3D, Anielle estudou física e economia na USP e coordenou outra startup que atuava com tecnologia da informação voltada para transportes públicos. Em 2012 trabalhou no IDDS (International Development Design Summit) que reuniu engenheiros e pesquisadores do mundo todo para desenvolver soluções para a população. Na época, ela morou em favelas de São Paulo e estabeleceu um contato mais próximo com a urbanização. “Aprendi muito mais durante a minha vivência na favela do que na universidade. Foi a prática que me fez perceber a importância da moradia social, de baixo custo e não de baixa qualidade”, comenta.

Com a Urban 3D, Anielle busca desenvolver tecnologia de automatização para construção. A partir de materiais hardware e software para uma impressora 3D de tamanhos reais, a empresa pretende construir moradias de baixo custo. Além de acessível, a impressora é um método limpo, ou seja, não há desperdício, pois, apenas o material que vai ser impresso e solidificado é usado. “O processo hoje é lento, intensivo em mão de obra e muito caro, além de desperdiçar materiais. A Urban 3D trabalha para mudar essa configuração e transformar tudo em um processo rápido, de construir prédios em três semanas, e não em três anos”.

Ao mesmo tempo em que apresenta o seu projeto e busca parceria de mais empresas, Anielle aponta algumas tendências do setor. Segundo ela, o planejamento urbano deverá ser organizado de forma colaborativa, com transparência e dados abertos. “As pessoas irão auxiliar diretamente no processo construtivo, a partir de tecnologias 3D e simulações”, afirma. Na arquitetura, além de um design colaborativo, a realidade aumentada estará presente. “A digitalização será fundamental para a Arquitetura. Com a tecnologia será possível projetar e analisar a performance de prédios e seu impacto na comunidade, por exemplo”.

Para a construção civil, a jovem empresária destaca a distribuição de manufatura digital, novos parâmetros de design combinados com materiais naturais. “O caminho está em procurar mais opções naturais e recicláveis para a construção e fazer os profissionais utilizarem esses novos recursos, novas tecnologias. Sabemos que hoje o cimento sozinho é responsável por 19% da emissão de gases na atmosfera”, ressalta.

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