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AEARV entrega relatório de análise do Plano Diretor à prefeitura

Um dos mais aguardados projetos que estruturará o futuro do urbanismo para Bento Gonçalves – o Plano Diretor municipal – foi objeto de minuciosas análises pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Região dos Vinhedos (AEARV) nos últimos meses. A entidade criou um comitê de trabalho para avaliar criticamente as determinações do documento, cuja versão final está em fase de elaboração.

Composto por profissionais de arquitetura e engenharia que aceitaram, de forma voluntária, participar desse desafio, o grupo promoveu uma série de reuniões para troca de opiniões e debate acerca do projeto. Durante a revisão do Plano Diretor, foi realizada uma avaliação aprofundada das propostas do documento, com discussão dos termos e elaboração de sugestões referentes ao novo modelo. Todas as considerações foram reunidas e oficializadas em um relatório entregue ao prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, no final de março.

Engajada no propósito de contribuir de forma ativa e positiva com a estruturação de proposta públicas que atendam às necessidades de desenvolvimento da cidade, sejam favoráveis à comunidade e, também, preservem as características socioculturais importantes para a região, a AEARV busca participar de forma ativa de projetos que impactam a comunidade. “Por isso a criação desse comitê de análise do Plano Diretor foi tão importante. A partir do posicionamento dos profissionais, foi possível reunir em um relatório considerações, questionamentos e pontos que necessitam de uma intervenção, ou seja, que precisam ser revistos pelo Poder Público. Essa iniciativa representa o compromisso com o bem social da população”, analisa o presidente, Vinicius Peruffo.

Conforme o posicionamento da entidade, é possível verificar uma falta de entendimento das regras gerais da nova proposta que tornam, para o momento, sua complicada aplicação e racionalização. O processo é dificultado pela falta de objetividade do conteúdo. O Comitê observou que as densidades aplicadas são extremamente baixas, sem motivo para tamanha diminuição. “É imprescindível um maior prazo, planejado, de amadurecimento e transição entre os planos atuais e novo Plano Diretor. Além disso é necessário tornar a proposta operacional, através de vasta discussão e treinamento de pessoal qualificado, o que deve acontecer com o acompanhamento da equipe da UFRGS em conjunto com o corpo técnico do IPURB”, avalia o Comitê.

A AEARV acredita que há muito ainda a ser debatido e transformado na proposta para que ela possa ser validade e aplicada. Em linhas gerais, o novo modelo de Plano Diretor é muito bom, mas carece de maior detalhamento, objetividade e amadurecimento para sua completa e adequada aplicação e operação.00

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