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Uma reflexão sustentável pela mudança

Encontro, que reuniu profissionais e estudantes de arquitetura e engenharia, promoveu uma análise do setor em busca da transformação do cenário atual

Estima-se que 50% da população mundial vive em cidades. A tendência é que essa população dobre até o ano de 2050. Os prédios, atualmente, usam 40% dos recursos do planeta. Uma média de 40% dos resíduos do mundo são oriundos das construções. Entre tantos dados e informações que contornam o cenário ambiental e envolvem a construção civil e arquitetura, profissionais do setor batalham por um mesmo objetivo: a mudança. Essa pauta em comum conduziu os trabalhos do Congresso AEARV: Ideias Sustentáveis, reflexão e consciência realizado em Bento Gonçalves.

A partir do compromisso com a sustentabilidade, ícones do setor se reuniram para promover uma transformação no panorama setorial. Ao mesmo tempo em que colocou em pauta os desafios sustentáveis, o evento promoveu uma reflexão sobre a construção de um ambiente urbano ético, responsável, sustentável e que envolva com qualidade as relações humanas.

Oportunidade diferenciada de qualificação diante dos desafios do mercado de trabalho, o encontro buscou contribuir de forma efetiva com a comunidade profissional. “O cenário econômico e ambiental impõe aos profissionais inúmeras barreiras. Criar ferramentas e buscar estratégicas para que os profissionais possam transpor todos esses desafios, faz parte do papel de atuação da AEARV”, afirma o presidente da entidade, Vinícius Peruffo. O Congresso também reforça a proposta da entidade: há mais de 30 anos a AEARV consolida-se pela soma de ações desenvolvidas em prol de seus associados, promovendo atividades relevantes e sólidas para o setor.

Na programação, painéis com diferentes especialistas deram suporte para que o público visualizasse novas possibilidades e tendências do mercado. Roberto Loeb, Tomás de Lara, Miguel Sattler, Tarcísio de Paula Pinto, Roberto Teitelroit, Allan Lopes, Sérgio Cirelli Ângulo, Márcio Carvalho e Ricardo Ruschel. O Congresso AEARV reuniu mais de 200 participantes, entre profissionais e estudantes, durante os dias 03 e 04 de setembro. O evento foi realizado na Fundação Casa das Artes em parceria com o CREA-RS e apoio de Eko Ambientes, Multi Aquecimento, Concresul, Meber Metais, Lazza, Artelana, UCS, Prefeitura de Bento Gonçalves e Proamb.

 

Roberto Loeb
“Arquitetura: o público e o privado”
Para o Congresso AEARV, o arquiteto Roberto Loeb destacou a relação da atividade profissionais e o espaço público, o espaço privado e a fronteira entre estes dois espaços. “Essas relações de duplo sentido constituem a rede estrutural e espacial, do tecido das relações do convívio social, econômico e cultural das comunidades, no meio urbano ou no meio rural. É da matéria prima desse tecido que nossas cidades são constituídas”.

 

Miguel Sattler
“Edificações e comunidades mais sustentáveis”
“Sustentabilidade é viver dentro da capacidade de suporte do planeta. É essencial um desenvolvimento que leva à sustentabilidade. Imaginem a verdadeira sustentabilidade em nossas casas, locais de trabalho, vizinhanças, bairros, vilas e cidades. Socialmente justa, culturalmente rica e ecologicamente regenerativa”.

 

Tomás de Lara
“Empresas B: Redefinindo o conceito de sucesso nos negócios”
Tomás de Lara, embaixador do Sistema B no Brasil, falou sobre o movimento durante o Congresso Estatual AEARV. “O foco é incentivar uma mudança de comportamento onde o dinheiro não é o principal objetivo do negócio, mas sim, um meio para atingir um propósito maior, em que os produtos e serviços oferecidos por uma empresa consigam trazer benefícios para a sociedade. Esse é o paradigma de sucesso de uma Empresa B”.

 

Roberto Teitelroit
“Green Buildings: histórico, panorama e desafio”
Diante do cenário atual, Roberto Teitelroit afirma que os green buildings fazem parte da solução para mudança. O arquiteto apresentou um histórico do movimento, objetivos e seus principais benefícios. “O mundo todo cresce a passos gigantescos e os green buildings vão mudar esse mundo. O Brasil já é o quarto país com o maior número de certificações. Para bons resultados precisamos de rigor técnico, consistência, qualidade e credibilidade”.

 

Allan Lopes
“Saúde da Casa”
De 1,3 bilhões de usuários do Facebook, 500 milhões estão interessados em saúde e bem-estar. A partir de dados e cases de sucesso, o geobiólogo Allan Lopes fez uma análise do mercado da construção civil e da saúde. “Estamos passando por uma crise humana. É preciso diminuir os custos das construções, influenciando na vida das pessoas. Esse é o desafio da sustentabilidade: somos bichos, precisamos de luz e de qualidade”.

 

Tarcísio de Paula Pinto
“Sustentabilidade e Inovação Tecnológica na Gestão dos Resíduos”
Durante o Congresso AEARV, o arquiteto falou sobre o PGIRS de São Paulo, rotas tecnológicas em municípios de médio e pequeno porte e destacou a gestão de resíduos da construção civil. “O conceito sustentável deve estar impresso em casa projeto, em cada processo. O nosso tempo está acabando, não temos mais como evitar mudanças. É preciso agir e criar planos de gerenciamento”.

 

Sérgio Cirelli Angulo
“Novos materiais e técnicas ecologicamente corretas”
Durante o Congresso, o engenheiro destacou que é possível diminuir a geração de resíduos com técnicas de construção convencionalmente empregadas. Estratégias para reuso e reciclagem podem ser empregadas, desde que se controle os riscos. “Sem critérios múltiplos e consistentes, não é possível promover a sustentabilidade”.

 

Márcio Carvalho e Ricardo Ruschel
Arquitetura e mercado imobiliário: uma abordagem ética e estética
A partir de cases de sucesso, os arquitetos sócios da Smart! Lifestyle + Design questionaram a atuação da engenharia e arquitetura e instigaram os participantes pela ampliação de novos horizontes. “É preciso mexer na opinião pública se quisermos mexer na cara das nossas cidades. Devemos entender o que o mercado quer e mesclar com o que os arquitetos querem, inserindo inovação, design e novas linguagens. O importante é unir o melhor da alta e baixa tecnologia para potencializar a vida e a arquitetura”.

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